Tava com carinha de anjo essa menina
Quando eu a conheci sozinha
Na praça, olhando o céu
Ela me disse coisas obscuras
De tudo o que lhe aconteceu na vida
E a graça que não viveu
É a menina moça, filha mais velha da família
A criança mais mulher e mais despida
Degustada e desejada no momento em que se vê
E quem diria que um dia falariam da menina
A mesma que cochichavam: "que gracinha!"
Seu veneno lambuzou o chão
Lambuzou o chão
A menina pode ser
Tudo o que quiser qualquer dia
Sua vida é a graça de quem vê
A menina - pode crê -
É um perigo, é uma diva, é felina
É a graça de quem vê
Não tem medo de viver
Não tenho medo de viver